Cibersegurança não é mais só um problema das empresas de TI. A preocupação com a proteção dos dados digitais está cada vez mais presente na vida de todos. No World Economic Fórum de 2018, foi apontado que os dois maiores problemas do mundo eram a Cibersegurança e a Mudança do Clima. Começamos a ver um movimento global preocupado sobre o assunto, onde muitas empresas já estão atualizando os seus avisos de privacidade e aumentado seus orçamentos para contrataram equipes a fim de garantir a proteção dos dados.
A União Europeia fez o mundo se adaptar ao seu Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, GDPR. A partir de 2020, o Brasil também entrará na lista de países preocupados com as informações compartilhadas na internet graças à adoção da Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais – diretrizes parecidas com as do GDPR e que também seguem propostas de transparência de uso dos dados de internautas. Até então, o país dispunha de cerca de 40 normas relativas à privacidade, sendo que nem todas eram obrigatórias ou sujeitas a punição; mas após a lei entrar em vigor, aqueles que trabalham com Internet precisarão garantir a prevenção à fraude e à segurança nos processos de identificação e autenticação de cadastros.
A adoção das novas leis implicará em um maior investimento nos processos e tecnologias necessários para garantir a segurança das informações. Segundo uma pesquisa da Gartner, a previsão era de que, em 2018, os gastos mundiais em produtos e serviços de segurança da informação somariam mais de US$ 114 bilhões, registrando um aumento de 12,4% em relação ao ano anterior. Em 2019, o mercado deve crescer 8,7% e os valores investidos em segurança podem subir para US$ 124 bilhões.
O prognóstico ainda indica que as preocupações com privacidade impulsionarão, pelo menos, 10% da demanda do mercado de serviços de segurança até 2019. Isso porque, assim como a mudança climática, o crime cibernético oferece as mais preocupantes consequências. As falhas na segurança expõem informações confidenciais e dados pessoais sensíveis, que acabam compartilhados rotineiramente.
Os prejuízos são muitas vezes irreparáveis, seja para as pessoas físicas quanto para as empresas. Essas sofrem um efeito devastador de imagem. As ações caem imediatamente, ocorre perdas no valor de marca e na reputação de credibilidade.
Por isso, já não é raro encontrarmos empresas com escritórios preparados exclusivamente para o desenvolvimento de pesquisas e melhorias tecnológicas quando o assunto é privacidade dos dados. Elas estão investindo, por exemplo, em inteligência artificial e aprendizado de máquina para identificar tentativas de fraude, gerenciamento de riscos e possíveis vazamentos de dados.
No fim, a ameaça cibernética deve estar sempre no radar de preocupações dos líderes das organizações, e quando falamos de investimento para segurança cibernética, a direção é a mesma: não dá para diminuir. Quem sair na frente conquistará a confiança do mercado.
Via Olhar Digital