Educação Corporativa

Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) pode impulsionar a produtividade da força de trabalho, mas as organizações precisam desenvolver a confiança de seus funcionários nessas tecnologias e aprimorar suas equipes adequadamente se quiserem aproveitar ao máximo os benefícios, afirmam especialistas em recrutamento da Hays, empresa de recrutamento.

“A AI já está sendo usada para completar tarefas vitais em locais de trabalho, em vários setores, mas poderia ser usada para melhorar a produtividade da força de trabalho em geral”, diz Fúlvio Nishiyama, gerente da divisão de TI da Hays.

Relatório da PwC, “Will robots really steal our jobs?”, sugere que a AI poderia contribuir com US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030, sendo que US$ 6,6 trilhões desse valor seriam provenientes do aumento da produtividade. Espera-se que esses ganhos venham da automação de processos, aliados a tecnologias de AI que contribuam para o crescimento da força de trabalho atual.

Um estudo recente da Hays destacou os prejuízos econômicos causados pelos níveis de produtividade global, que se estabilizaram desde a crise financeira de uma década atrás. A pesquisa apontou que muitos países estão presos em uma armadilha de baixo crescimento, em que o fraco aumento da produtividade levou à redução do investimento em mão de obra e capital, enfraquecendo ainda mais os níveis gerais de produtividade.

Já existem exemplos de onde a AI está começando a ter esse tipo de impacto. Dois exemplos foram apresentados na última edição do Hays Journal, que aborda a questão: os gestores de fundos estão usando Inteligência Artificial para rastrear histórias na mídia ou nas mídias sociais sobre determinadas empresas para coletar informações importantes que poderiam impactar os preços das ações, enquanto clínicos gerais estão testando um sistema de AI que conduz uma triagem inicial de pacientes para determinar quem necessita de cuidados primários.

AI impulsiona demanda por profissionais qualificados

Embora algumas posições básicas de trabalho provavelmente sejam substituídas por máquinas, a AI também está criando uma necessidade por profissionais mais qualificados.

Joanna Bryson, professora de ciência da computação na Universidade de Bath, na Inglaterra, dá o exemplo de um banco que está usando chatbots para lidar com perguntas básicas de clientes. “Você pensaria que isso reduziria o número de pessoas utilizando o telefone, mas o que eles descobriram foi que os clientes se sentiram mais engajados e acabaram entrando mais em contato com o banco”, diz ela. “Outra questão interessante foi que os chatbots estavam resolvendo todos os problemas fáceis”.

Robert Schwarz, diretor administrativo da Nuance Communications, na Austrália e Nova Zelândia, concorda: “Os assistentes virtuais permitem que as organizações forneçam a seus clientes ofertas de autoatendimento rápidas e precisas, que geralmente são mais convenientes do que as alternativas disponíveis. Isso também reduz os custos com call center e tem o efeito de liberar os colaboradores para realizar tarefas de maior valor agregado que são mais complexas.”

“Com a AI assumindo tarefas rotineiras ou repetitivas, os colaboradores podem se concentrar nos aspectos mais interessantes de seu trabalho ou até mesmo em outras áreas do negócio”, destaca Fúlvio. “O desenvolvimento de habilidades será essencial para garantir que as pessoas se tornem especialistas mais capacitadas em suas áreas de atuação”, complementa.

RH deve construir confiança e amenizar medos

Embora a AI, sem dúvida, facilite alguns trabalhos, ela também pode aumentar os temores em relação à estabilidade de carreira dentro da força de trabalho.

Além disso, o estudo “A automação está exterminando o trabalho? O crescimento da produtividade, o emprego e a participação do trabalho”, de David Autor e Anna Salomons, descobriu que a AI teve um efeito positivo no trabalho agregado.

“O RH precisará apoiar a implementação da AI e garantir que ela seja usada com responsabilidade, ao mesmo tempo em que ameniza a percepção de muitos colaboradores que a veem como uma ameaça ao seu sustento”, diz Caroline Cadorin, diretora da Hays. “Parte disso envolverá explicar como a IA pode ajudar os indivíduos a realizar o seu trabalho e a desenvolver sua carreira por meio do aprendizado de novas habilidades”.

A ideia é apoiada por Owen Tebbutt, líder de Marketing e de Transformação do Processo Cognitivo da IBM Global Business Services, que diz: “Quanto mais aberta uma organização puder ser sobre por que e onde está usando essas tecnologias, menor será o número de funcionários preocupados e insatisfeitos. Tem de ser baseado em torno do conceito de empoderamento. A AI não está lá para substituir trabalhos, mas para tornar seu trabalho mais impactante, agradável e produtivo. O RH precisa ser muito positivo sobre algumas das coisas que essa tecnologia pode fazer para tornar as pessoas mais produtivas, felizes e satisfeitas”.

A longo prazo, pode haver pouca dúvida de que a AI desempenhará um papel mais significativo na forma como as organizações serão configuradas e gerenciadas nos próximos anos. “O homem é capaz de absorver muita informação, então vamos precisar de ajuda para separar o que é importante e necessário, e é nesse momento em que a AI pode ajudar organizações ou pessoas”, diz Owen. “A escolha é bastante simples: podemos nos afogar em dados ou encontrar uma maneira de beneficiar os clientes e a força de trabalho”.

De acordo com a Hays, a última opção é possível desde que os empregadores estejam abertos quanto à introdução da AI e ofereçam treinamento aos funcionários quando necessário. Dessa forma, a AI acabará criando uma força de trabalho mais engajada e produtiva.

Via CIO

Em 2019, a tecnologia de Business Intelligence (BI) manterá a rota de crescimento dos últimos anos. Segundo estudo recente da Forrester, as empresas estão aos poucos percebendo que uma estratégia de sucesso baseada na análise de dados para a tomada de decisão não vem de graça: é preciso planejar, implementar e gerir com eficiência.

Na opinião de Ana Paula Thesing, diretora de marketing da BIMachine, algumas tendências tomarão a frente no mercado de BI, atendendo com maior precisão as demandas das organizações, cada uma com sua peculiaridade.

Para ajudar as empresas a entender melhor quais são as grandes tendências que impulsionarão as estratégias de BI em 2019 e próximos anos, Thesing enumera e comenta cada uma delas. Confira:

1 – Inteligência Artificial (AI) e Machine Learning
“No que tange ao BI, o principal ganho inerente a estes dois campos é a transparência. Para parâmetros de análise de dados usados em AI e ML, a clareza das informações obtidas e trabalhadas será essencial para determinar estratégias, ações e projetos. Do contrário, as máquinas tendem a, literalmente, realizar ações indesejadas ou menos inteligentes do que o negócio, de fato, precisaria”.

2 – Linguagem natural
“A tendência este ano é de que o BI ajude sistemas de Processamento de Linguagem Natural (Natural Language Processing em inglês, ou NLP) a converter ambientes de trabalho analógicos em operações autônomas e orientadas por dados, facilitando a conversa máquina – humano, ou humano – máquina – humano, e resultando em informações mais consistentes, estratégias melhor orientadas e projetos/processos de negócio mais eficazes”

3 – Multipresença
“No mercado concorrido, ser ágil é vital. E, para ser ágil, é preciso poder gerir negócios a partir de muitas plataformas – especialmente no que tange ao mobile, permitindo tomar decisões estratégicas anytime, anywhere. Sendo assim, outra tendência do BI é realizar análises em dispositivos móveis 24 horas por dias, sete dias por semana, em um histórico único, evitando a troca de aplicativos e o resgate de dados já computados em outros devices. Integração, funcionamento e análise 24x7x365, fluxo de trabalho: mantra do BI para alcançar bons resultados para negócios de qualquer área.”

4 – Análise histórica “Dados têm trajetória. Dados constroem história. Toda empresa tem seu histórico de mercado fundamentado nos dados que compartilha, gera, analisa, comanda, interfere, exercita, trafega. Ao BI, caberá oferecer a possibilidade de consultar e analisar todos estes dados, incluindo os da própria empresa e, principalmente, os de mercados interessantes a sua estratégia, disponibilizando ferramentas para debate de resultados e incremento da diversidade estratégica, o que, em outras palavras, se resume a dar a todas as áreas de uma organização o poder de obter insights impactantes para a estratégia geral de incremento de competitividade.”

5 – Envolvimento
“Seguindo nesta linha, também é tendência para o ano o envolvimento de todos os departamentos na composição das estratégias periódicas de crescimento do negócio. Para tanto, o BI precisará alicerçar o embasamento e a cultura data driven para gestores e colaboradores-chave de todas as áreas, incitando o envolvimento com a análise de dados e sua consequente e potencial geração de insights. Passar da ideia para o plano de ação, com embasamento e foco certeiros: este será o principal papel do BI em 2019. E, sem dúvida, para os anos seguintes.”

Via CIO.com.br

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