Quatro meses após a adoção das medidas de quarentena serem tomadas mundo afora para contenção do novo coronavírus, organizações começam a se preparar para retomar as atividade presenciais. Entretanto, o mundo pós-covid não será certamente mais o mesmo. “A medida que as economias começam a abrir está claro que estamos voltando para um mundo muito diferente daquele que deixamos”, sinalizou Sundar Pichai, CEO da Alphabet e Google em keynote do Google Cloud Next ’20: OnAir, evento do Google Cloud que teve programação virtual lançada nesta semana.
Era final de maio quando a gigante de tecnologia se sentiu confiante para anunciar que a partir de julho retomaria parcialmente as atividades em alguns escritórios dos Estados Unidos. Na ocasião, o próprio Pichai falava sobre planos de um retorno escalonado, respeitando medidas de segurança. Entretanto, no início deste mês, voltou atrás, decidindo adiar a abertura dos escritórios devido ao aumento de casos de covid-19 em alguns estados dos EUA. O Google espera agora poder retornar a partir de setembro.
Para Pichai, é ainda cedo para saber como todas as mudanças provocadas pelo coronavírus irão impactar no longo prazo, mas o executivo enxerga três tendências para o futuro do trabalho.
“Nós já estamos vendo a aceleração de longo prazo de negócios movendo para serviços digitais, incluindo, o trabalho online, educação, medicina, compras e entretenimento. Essas mudanças serão significativas e duradouras”, disse o executivo. Segundo Pichai, mais de 75% dos clientes da companhia dizem que planejam acelerar suas transformações digitais. Tais intenções refletem, claro, em oportunidades para a divisão de nuvem da companhia. “Estimativas recentes mostram que a penetração da nuvem pública aumentará em 20% até o ano de 2023”, frisou Pichai.
“Colaboração é a chave do sucesso e empresas estão investindo para criar comunidades virtuais. Usando plataformas de colaboração virtuais e videoconferências. Mas ainda estamos trabalhando sobre uma fundação que foi feita ao redor de mesas de conferência há alguns meses”, argumentou Pichai.
A próxima fase do trabalho, disse o executivo, será mais inestruturada, e exigirá, portanto, investimentos em soluções e ferramentas que facilitem a colaboração de qualquer lugar.
“Você não precisa estar na sua mesa para fazer o seu trabalho”, lembrou Pichai. “A pandemia nos reafirmou que o trabalho não é definido por um espaço físico, ele pode ser feito de qualquer lugar”.
O executivo citou uma pesquisa com CFOs nos EUA, que indica que a maioria afirma que a covid-19 terá um impacto duradouro em oferecer formas mais flexíveis de trabalho.
O Google Cloud, assim como outras fornecedoras de tecnologia e de infraestrutura, tem corrido para atender as demandas digitais de clientes em meio ao que se convencionou chamar de “novo normal”. Pichai, em seu keynote, lembrou que no último quarter da companhia, a divisão de cloud cresceu mais de 50% no comparativo anual e faturou mais de US$ 10 bilhões no ano.
A expectativa, segundo estimativas de consultorias como o Gartner e IDC, é que a nuvem seja um dos setores de tecnologia que serão poupados dos cortes de orçamento das áreas de TI das companhias. A relação é direta. “A medida que o mundo se torna mais digital e flexível, os clientes se orientam para a nuvem para inovar, para crescer no futuro e navegar em meio a mudanças econômicas”, declarou Pichai.
Atualmente, o Google Cloud conta com 24 regiões de nuvem e 73 zonas de disponibilidade espalhadas pelo mundo. Uma das mais recentes a ser inaugurada fica em Santiago, Chile.
Nesta semana, o Google Cloud anunciou novas ofertas de segurança e análise de dados para atender esta nova fase na nuvem pública e híbrida. Tecnologia de computação confidencial, que criptografa dados enquanto eles são processados e a chamada BigQuery Omni, plataforma desenvolvida na oferta multicloud Anthos do Google e que permite analisar dados em nuvens concorrentes.
“Nós queremos que as pessoas se sintam confortáveis em saber que elas podem mover para nuvem e não se preocupem com a segurança de seus dados”, disse Thomas Kurian, em keynote do Next OnAir desta semana. [via CIO]
Embora ainda estejamos em um cenário inconclusivo e em constante mudança devido à pandemia do novo coronavírus, pesquisa Cloud 2025 da LogicMonitor sugere que a Covid-19 tenha se tornado um poderoso catalisador para a migração rápida da nuvem. O estudo, realizado entre maio e junho de 2020, constatou que 87% dos tomadores de decisão globais de TI concordam que a pandemia da Covid-19 fará com que as organizações acelerem sua migração para a nuvem.
O estudo da LogicMonitor, que contou com 500 tomadores de decisão globais de TI, examina o futuro das cargas de trabalho na nuvem e os impactos a longo prazo da Covid-19 nas organizações de TI na América do Norte, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
Especificamente, quase três quartos (74%) dos entrevistados acreditam que, nos próximos cinco anos, 95% de todas as cargas de trabalho estarão na nuvem. Muitos tomadores de decisão de TI em todo o mundo estão ainda mais otimistas do que isso, com 37% dos entrevistados na região da APAC dizendo que 95% das cargas de trabalho atingirão a nuvem até 2022, em comparação com 35% dos norte-americanos/canadenses e 30% dos britânicos.
Esse é um tom notavelmente diferente de uma pesquisa similar da LogicMonitor realizada em 2017, quando 13% não achou que a mudança ocorreria e 62% dos participantes pensaram que levaria cinco anos ou mais para que 95% das cargas de trabalho fossem executadas na nuvem.
“Avançando hoje, a pandemia da Covid-19 aumentou a importância da nuvem em grandes e pequenas empresas como um ativo vital para as operações comerciais”, disse Tej Redkar, Diretor de Produtos da LogicMonitor. “Está claro que as organizações estão acelerando a migração para a nuvem durante a crise, pois a nuvem está permitindo que operem remotamente agora, servindo como base para a transformação digital e a inovação contínua”, complementa.
De fato, os participantes da pesquisa deixaram claro que o trabalho remoto foi uma força motriz por trás da migração para a nuvem. “Se tudo correr bem no início com o trabalho remoto [como resultado da Covid-19], espero uma maior eficiência e muito mais uso da nuvem”, observou um tomador de decisão de TI participante da pesquisa.
Esse sentimento foi repetido por outro respondente da pesquisa. “Em um cenário de força de trabalho totalmente remoto, haverá economia de custos em termos de concessão de escritórios, mas mais dinheiro será gasto em serviços remotos de TI. Tudo estará na nuvem – incluindo mais automação e Internet das Coisas (IoT)”, disse.
A pesquisa também revelou que os tomadores de decisão globais de TI antecipam um declínio nas cargas de trabalho locais (no local) nos próximos cinco anos, em meio a mudanças aceleradas na nuvem. Antes da Covid-19, 35% das cargas de trabalho residiam no local, de acordo com os participantes da pesquisa. No entanto, até 2025, eles acreditam que apenas 22% das cargas de trabalho residirão no local. Isso representa uma queda de 13%.
“Se todos estiverem remotos, as empresas terão que mudar da infraestrutura local para mais infraestruturas baseadas na nuvem”, comentou um tomador de decisão de TI sobre a razão pela qual sua organização está acelerando a migração na nuvem.
Os entrevistados das três regiões anteciparam um declínio significativo nas cargas de trabalho no local entre agora e 2025. Os respondentes da pesquisa acreditam que as cargas de trabalho permanecerão divididas igualmente entre nuvens públicas e privadas, embora mais cargas de trabalho em geral migrem para a nuvem. Antes da pandemia, os tomadores de decisão globais de TI identificavam 23% das cargas de trabalho como residindo na nuvem pública e 25% na nuvem privada. Até 2025, esses mesmos tomadores de decisão acreditam que 28% das cargas de trabalho residirão na nuvem pública e 30% na nuvem privada.
Via CIO
Considerada uma das tecnologias mais importantes e disruptivas que surgiram nos últimos anos, o blockchain já teve o seu impacto comparado a fenômenos como a revolução industrial e o surgimento da internet. Apesar disso, os registros em cadeia de blocos ainda se encontram em estágio embrionário se considerarmos todo o seu potencial de aplicação.
Refletindo sobre as principais tendências no desenvolvimento e efetivação da tecnologia em 2020, a Blockum, primeiro ecossistema sem fins lucrativos do segmento no Brasil, listou cinco aspectos que devem ser observados neste ano para a adoção e popularização da tecnologia. Confira abaixo.
Umas das principais tendências é a utilização do blockchain para garantir que os dados coletados pelos dispositivos que alimentam a Internet das Coisas (IoT) não sejam alterados. Após coletadas, as informações podem ser editadas e até apagadas, perdendo a confiabilidade necessária. Já com a coleta de dados associada ao blockchain, a tecnologia assegura que as informações não sejam alteradas em função do seu funcionamento descentralizado por meio da criptografia. Grandes provedores de tecnologia já estão de olho no poder dessa integração, que promete reinventar negócios e levar o poder da IoT ainda mais adiante.
Ao fomentar o desenvolvimento do setor e oferecer um ambiente tecnológico independente de cooperação entre empresas, entidades governamentais e pessoas, a expectativa é que 2020 seja o ano do crescimento de associações sem fins lucrativos do setor. No sistema de compartilhamento da Blockum, por exemplo, cada membro do ecossistema disponibiliza sua infraestrutura de computadores e hardware, para receber em troca uma plataforma em nuvem de blockchain pronta e regulamentada para transações de valor jurídico.
“É uma forma das organizações competirem e colaborarem ao mesmo tempo. Diferente do que acontece com o bitcoin, onde todas as informações são públicas, neste modelo de ecossistema existem chaves privadas e públicas funcionando em conjunto, processo que conferem agilidade em casos de emergência e privacidade quando for preciso”, explica Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, empresa idealizadora da Blockum.
Um segmento inesperado que deve aderir ao blockchain em maior escala em 2020 é o governamental. A expectativa é ver projetos neste setor ganhando destaque e impulsionando iniciativas federais futuras. A China, por exemplo, divulgou que deve aumentar os investimentos na área para resolver problemas técnicos e acelerar o desenvolvimento do blockchain e inovações industriais, além de lançar um criptoativo próprio.
A tokenização de um ativo nada mais é do que transformar em uma fração digital chamada token um contrato, um imóvel, uma obra de arte ou até mesmo parte de uma empresa. Utilizando o blockchain, o contrato digital é emitido e o documento representa um ativo real. Essa fração tem valor de mercado e pode ser negociado de forma rápida, com menos burocracia e validação jurídica. Por meio da tokenização, uma empresa pode fazer a captação de recursos com a transferência de um ativo digital de valor nominal ao proprietário dentro de um smart contract. “Com o crescimento e valorização dessa companhia, seu token consegue ser negociado dentro da própria empresa ou com outro investidor, semelhante ao que acontece na bolsa de valores, mas de forma mais simples e inclusiva” explica Canavese.
Mesmo dependendo de algumas regulamentações, as criptomoedas devem ganhar mais espaço no comércio, como já ocorrem em algumas lojas e restaurantes no próprio Brasil. Segundo o diretor de operações da Goldofir, o blockchain deve crescer significativamente como meio de pagamento em 2020.
“A expectativa é que neste ano a tecnologia ganhe a maturidade necessária para ser algo tão corriqueiro como usar um cartão de crédito ou débito”, aponta o executivo.
Via CIO
Já ficou para trás o tempo em que os arquivos com documentos das empresas ocupavam pastas e armários do escritório. Mas a tecnologia não resolveu apenas esse problema de espaço físico.
Já pensou na praticidade de poder acessar os arquivos do seu negócio a partir de qualquer computador e, além disso, otimizar os processos, com um acesso ainda melhor aos arquivos, mais segurança, menos custos?
Uma das principais características desse tipo de armazenamento é que todos os sistemas e dados da sua empresa ficam armazenados na rede, ou melhor, na nuvem. E o que isso quer dizer?
Sabe aquele computador que estraga de uma hora para a outra, ou um momento em que você está em uma reunião fora da empresa e precisa checar um dado para um cliente? Basta uma conexão com a internet e você pode ter à disposição todos os dados necessários, sem danos e de onde você estiver.
Quer outra vantagem do uso da gestão na nuvem? Com todas as informações disponíveis, é possível acompanhar de perto os investimentos e melhorar a gestão do fluxo de caixa, do estoque e de outros processos da sua empresa.
Sem falar que é possível fazer as cópias de segurança, o famoso backup em nuvem, de um modo muito mais simples e rápido do que com os sistemas tradicionais.
Mas não se esqueça: sua equipe deve ser preparada para o uso desse novo recurso. Todos precisam saber como utilizar a ferramenta para otimizar as funcionalidades da gestão na nuvem e a produtividade. Reúna a equipe, apresente as informações sobre o serviço e deixe sempre opções de contatos para que eles recorram em caso de dúvida.
Via Guia Empreendedor